Os sinais (trocados) de Beto Richa

(por Ruth Bolognese) – O Coitadinho do Beto Richa está se virando nos trinta para se habilitar a uma vaga entre os vetustos senadores da República no ano que vem. Cuida de salvar a própria carreira política que o segundo governo, ao juntar Ajustes Fiscais quase semanais e um massacre de professores, quase enterra de vez.

O que Beto Richa começa a fazer é garantir o maior espaço político entre os três grupos que se apresentam como concorrentes na disputa à sucessão dele: o ministro da Saúde, Ricardo Barros e sua Belezura, a vice-governadora Cida Borghetti, o Urtigão III e seus Parças Amestrados e o primo do Luan Santana, Ratinho Jr.

Cozinha em fogo brando todos eles: despediu-se de Ratinho Jr. há 20 dias, que deixou o governo para entrar na pré-campanha, como um aliado-cavalheiro. Apesar de todas as estripulias do maridão, trata a vice-governadora Cida Borghetti, como um gentil-cavalheiro. E oferece ao coordenador da pré-campanha de Osmar Dias, ex-prefeito de Bandeirantes, Celso Silva, um cargo-cavaleiro na Sanepar, onde ele poderá ficar montado até o início do fervo da campanha eleitoral, lá por meados do ano que vem.

Outros sinais virão. E se alguém apostar que Beto Richa vai anunciar a preferência por um dos grupos antes do tempo, vai perder. E a espera vai se alongar: ele tem em até abril do ano que vem para deixar o Governo e se candidatar. Ou ficar onde está e assistir o circo pegar fogo na eleição.

Tudo vai depender para onde os ventos da pesquisas soprarem.

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