Os preparativos para o quinto “29 de Abril”

É de triste memória o 29 de abril de 2015, quando houve o histórico confronto que resultou no derramamento de sangue de servidores públicos, policiais e deputados no Centro Cívico. Protestava-se contra a votação na Assembleia Legislativa de um pacote proposto pelo governo que confiscava parte dos fundos da Paraná Previdência e ameaçava as aposentadorias do funcionalismo.

Cinco anos depois, seguindo a tradição que se criou, a data é relembrada – por todos os lados que se envolveram naquela “Batalha do Centro Cívico”. Sindicatos de servidores já iniciaram a montagem de estruturas para as manifestações que pretendem realizar na próxima segunda-feira, assim como a Polícia Militar põe de prontidão um bom contingente para evitar que os protestos descambem para a violência.

Dentro da Assembleia, em dia de sessão normalmente com quórum elevado, estará o ex-secretário da Segurança Pública, deputado bolsonarista Fernando Francischini (PSL), atualmente presidente da CCJ, que em 2015 comandou a desastrada operação policial.

Na época, uns poucos deputados da oposição e alguns independentes colocaram-se ao lado dos servidores. Em 2019, a composição do Legislativo foi alterada – é menor a presença formal da bancada de oposição, e é maior a de parlamentares de situação, quase todos oriundos e representantes de corporações policiais e que, em não poucos casos, pregam abertamente o uso da força para manter a ordem.

1 COMENTÁRIO

  1. Deve-se lembrar não só os atos passados em desfavor dos servidores. É preciso denunciar que, além dos referidos problemas de gestão do fundo dos aposentados, o governo e paranaprevidência apelam, usando todos os recursos imagináveis, de forma repetitiva e em muitos casos sem fundamentação, para adiar o pagamento dos direitos conseguidos pelos aposentados nos tribunais de justiça. Verdadeira perversidade em cima dos velhos aposentados, necessitados e em grande parte portadores de doenças crônicas. Muitos, depois de passar privações morrem sem receber nada do que foi reconhecido judicialmente como de direito !! Atrocidade vergonhosa e desumana. Muito pior do que o massacre da praça !! Será preciso reunir também as viúvas destes infelizes servidores mortos, para uma manifestação ?

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