No próspero negócio das apostas pré-eleitorais, tem gente das altas esferas que corrige detalhe de uma nota publicada mais cedo neste Contraponto. A nota afirmava que o ministro Ricardo Barros decidiu ser candidato a governador e desescalou a mulher, a vice Cida Borghetti, da disputa pelo Palácio Iguaçu, como planejava há tempo. Ela seria candidata a deputada federal e renunciaria à vice-governança na mesma data em que Beto Richa faria o mesmo para concorrer ao Senado. Sem governador e sem vice, assumiria o governo o terceiro da linha hierárquica, o presidente da Assembleia, deputado Ademar Traiano.
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O informado apostador faz um reparo à nota: nada muda nos planos de Ricardo Barros se o afastamento de Richa for “algo natural, espontâneo, dentro da legislação que o obriga a renunciar ao cargo se quiser ser senador”. Neste caso, isto é, pelo Plano A, se tudo ocorrer “normalmente”, Cida assume o governo pelos nove meses restantes da gestão. E Barros, tal como havia programado, seria mesmo candidato à reeleição de deputado.
Há porém um fator que pode mudar tudo e aí aparece o Plano B: no caso de Richa decidir ficar para completar o mandato, Cida renuncia à vice, vira candidata à deputada e o marido, candidato a governador.
A chance de o deputado Traiano assumir o governo se dará apenas no caso de Beto Richa for afastado do poder em razão de decisões que venham a ser tomadas pelo Supremo Tribunal Federal (STF) a partir de convincente recomendação da Procuradoria Geral da República (PGR), onde corre celeremente a investigação da Operação Quadro Negro e na qual Richa é citado. A hipótese não está fora do radar de Ricardo Barros.
Mas Traiano também é citado na Quadro Negro! Teria o mesmo destino? Se pegar todo mundo, o próximo da linha sucessória com direito de assumir a cadeira de governador é o presidente do Tribunal de Justiça, desembargador Renato Bettega.
Tudo pode acontecer; nenhuma hipótese deve ser desprezada, diz o categorizado apostador que enviou a mensagem ao Contraponto para colocar os pontos nos iis.
Plano A e B, se tiverem sucesso, representarão desastre muito grande para o nosso Parana. Os eleitores de Maringá já experimentaram e disseram “JAMAIS” para a familia Barros. Onde vão levam uma turma de gafanhotos para devastar o bem do povo.
Seguindo a Ruth, deveria ser respectivamente os planos B e A. B de “Belezura”.
Ocorre que se Beto ficar no governo, e Cida renunciar como diz a nota no “Plano B”….Traiano se assumir o governo na ausência de Beto fica inelegível. Portanto, o novo governador seria, de fato, o presidente do TJ. A não ser que Traiano assuma e não concorra a nenhum cargo nas eleições deste ano.