Os muros de vidro que matam pássaros

(por Claudio Henrique de Castro) – Todos os seres vivos têm direito ao meio ambiente equilibrado, inclusive os animais silvestres e os pássaros que habitam os centros urbanos.

A nova e destruidora moda arquitetônica dos muros de vidros tem dizimados milhares de pássaros nas cidades brasileiras.

Os municípios devem urgentemente proibir esta terrível prática e determinar a pintura dos muros de vidros para que os pássaros não morram mais.

A ecologização do direito é a nova e fundamental tendência para preservar o meio ambiente, os rios, a fauna e a flora, e não apenas os seres humanos e o desenvolvimento econômico que visa se apropriar dos recursos naturais de maneira irreversível e implacável.

Cada vez menos temos a natureza e os muros de vidro tem contribuído para que os pássaros que espalham sementes, cantam e fazem importante papel na vida urbana das cidades sejam mortos, em pleno voo.

As cercas eletrificadas têm feito este papel, os agrotóxicos apenas vendidos para o Brasil e proibidos no resto do mundo, a poluição desenfreada dos rios, lembremos que Curitiba não possui sequer um rio vivo. A ausência de corredores ecológicos entre os parques, ruas e estradas que fazem com que dezenas de animais sejam atropelados, isso e muito mais está acabando com a vida no planeta.

Agora mais essa moda, das cercas de vidros, tem causados acidentes gravíssimos com os pássaros que não conseguem enxergá-los e acabam batendo violentamente nestas verdadeiras armadilhas mortais.

Que futuro estamos construindo? Haverá pássaros num futuro próximo nas cidades? Que preocupação e que compromisso os cidadãos têm com o meio ambiente? Por que não nos preocupamos com a vida dos pássaros que cantam e nos trazem alegria e são benfazejos para a parca natureza que ainda existe e resiste nos centros urbanos brasileiros?

Os direitos dos seres humanos não devem ultrapassar limites éticos e ecológicos. Além das mudanças climáticas que estão impactando a vida na Terra, temos mecanismos de extermínio que contribuem para a gradativa extinção de diversas espécies.

O direito ao meio ambiente sustentável e equilibrado não é apenas dos cidadãos mas também da fauna e da flora.

Os canários da terra, os pardais, os tico-ticos, os sabiás, os quero-queros, os joões-de barro, as corruíras e tantos outros pássaros urbanos não podem neste momento se comunicar, mas se pudessem fazê-lo estariam pedindo mais parques, mais rios vivos, mais áreas verdes e o fim dos muros de vidros.

6 COMENTÁRIOS

  1. Parabéns pelo alerta e denuncia. Trabalho num prédio que um lado é todo de vidro, volte e meia presenciamos aves batendo violentamente nesta lateral, infelizmente algumas não sobrevivem.

  2. Os prédios e residencias, Hospital N. Sra do Rocio em Campo Largo (um bonito, moderno e eficiente hospital) feitos com vidros espelhados matam muito mais aves. É só ver na base deste prédios que todos os dias haverá pássaros mortos.

    A colocação de adesivos de grandes águias inibem o voo de pássaros na direção destes vidros e evitam assim a morte deste bichinhos

  3. O prefeito Rafael Greca deveria determinar ao IPPUC que elaborasse norma urbanística impondo a aplicação de películas semi opacas, formando padrões geométricos, com o objetivo de reduzir a refletividade, mas sem eliminar a desejada transparência, sobre estes famigerados muros de vidro, e proteger os nossos pássaros, que tanto embelezam Curitiba. Diversas cidades do hemisfério norte já adotaram normas deste tipo, inclusive para as grandes fachadas de vidro. O dia mundial do Meio Ambiente, celebrado em 5 de junho, é uma data propícia. E aí prefeito, vai aceitar o desafio de tomar uma atitude inovadora no Brasil? Os milhares de curitibanos que sofrem vendo a morte atroz de tantos sábias, curuíras, joãos-de-barro, ficarão agradecidos!

  4. É mesmo, mata muito, e assusta os cães deixando os permanentemente estressados com qualquer coisa que tenha perto da ” cerca” … alémque ..vamos combinar…coisa essa de gosto duvidoso heim! É bem mais ler outros fatos além da desgracera política do Paraná! Parabéns pelo cuidado ambiental do jornal.

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