Os polêmicos bancos do jardinete em frente ao Edifício Glória, na rua Nestor de Castro, perderam os pinos instalados pelo condomínio para impedir que fossem usados como camas por moradores de rua – mas permaneceram as “divisórias” que produzem quase o mesmo efeito dos velhos pregos.
Os “bancos com pinos de Curitiba” varreram as redes sociais nas últimas semanas. Emissoras de televisão em rede nacional e alguns jornais do país também se ocuparam do assunto. Atribuía-se injustamente a malvadeza ao prefeito Rafael Greca – por culpa da fama que ele mesmo criou de que pobres lhe provocam vômito (quase perdeu a eleição por causa dessa desastrada declaração) e da política de ação social que empreendeu assim que assumiu o cargo.
Uma de suas primeiras atitudes foi fechar os guarda-pertences instalados em algumas praças de maior concentração de moradores de rua, afora o recolhimento madrugueiro e forçado que guardas municipais e assistentes sociais andaram fazendo. Como já não têm lugar para guardar seus pertences, agora os penduram em árvores.
No caso dos bancos, assim que o assunto repercutiu, o prefeito mandou notificar o condomínio, dando-lhe prazo de 72 horas para que retirasse os pregos. Foi obedecido quase prontamente, mas ficaram as divisórias de concreto.
Como os bancos, embora instalados por particulares são de uso público, certamente devem ser obedecidas as posturas municipais que regulam padrões para o mobiliário urbano. Tema para o Ippuc e a secretaria de Urbanismo meditarem.
O curitibano é um solidário nato.