(por Ruth Bolognese) – Quem entende do assunto sabe: na questão de impostos, o Brasil peca pelo valor, pela baixa eficiência, pela complexidade e pela injustiça. Com quase 40 tributos, mesmo se uma empresa tiver um Einstein para acompanhar o sistema, ainda assim, será difícil entender o emaranhado legal.
Está aí um dos maiores desafios, senão o maior, da ideia do novo governo de Jair Bolsonaro para modernizar a economia: a reforma tributária.
Hoje, por exemplo, se alguém compra um produto no Paraná, de uma empresa do RS, que está estocado em SC, é um inferno saber o que pagar e quem fica com que parte dos impostos. Embora a carga tributária seja altíssima para empresas e para a população, o Estado fica com enormes créditos na mão que nunca são cobrados, refis e mais refis, descontos enormes, empresas de fachada etc.
É a meca da enrolação.
O deputado Luiz Carlos Hauly,PSDB, aqui do Paraná, é um dos maiores experts na área, está com o projeto de Reforma Tributária pronto e acabado e defende reduzir drasticamente os tributos atuais. Para 4 ou 5 no máximo.
Mas Hauly não foi reeleito e tem tentado sensibilizar a equipe de Jair Bolsonaro para aprovar a Reforma. Mas o problema não é querer apenas. Pelos sinais emitidos até agora, esse Congresso que aí está até 31 de dezembro, não quer por a mão na massa de jeito nenhum.
É o que temos.
Os tais Refis(es) são de uma indecência a toda prova na cara do contribuinte nacional.