(por Ruth Bolognese) – É claro que o menino Ratinho Jr. é novo. Com 36 anos, não chegou nem na metade da existência preconizada pelo IBGE no Paraná, de 75 anos ou mais. É óbvio que não faz parte da mesma elite que governou o Paraná nos últimos 40 anos, como afirmou na entrevista de hoje da Gazeta do Povo.
Esqueceu-se, porém, que entrou na política apoiando ou ao lado de toda essa elite que aí está. Até ontem, ocupou o cobiçado cargo de secretário de Desenvolvimento Urbano do governo Beto Richa, trampolim para qualquer candidatura, inclusive a de governador. E daria um dedo, sem pestanejar, para ter o apoio de Richa e sua máquina estatal de fazer votos.
Ignorou também que o governos mais inovadores e promissores que o Paraná teve nos últimos 40 anos foram os de Ney Braga, José Richa, Jaime Canet Junior e Jaime Lerner. Nenhum deles com qualquer sobrenome que tivesse passado perto do Palácio Iguaçu.
Quando Ratinho Jr. dá valor excessivo ao “novo”, tanto para o fato de ser jovem, como para um “novo” modelo que ele pretende implantar no Paraná, só assusta.
Falta-lhe credibilidade e consistência para gerir tal novo modelo, assim como não apresentou, até agora, pelo menos, um projeto real, ou nomes de paranaenses de peso. Nomes que poderiam dar a chamada “sustância” política para obter créditos dos paranaenses suficientes para elegê-lo governador em outubro.
Mas essa foi apenas a primeira entrevista da série da Gazeta do Povo. Outras virão. Ratinho Jr. pode crescer e falar da solução de nossos graves problemas com conhecimento de causa. Repetir o mantra do novo por repetir o mantra do novo, fiquemos com Beto Richa.
Substitução no Iguaçu. Sai o Tom e entra o Jerry?
Vamos lá, a cadeira do palácio espera um novo, o povo politicamente insosso do Paraná está ansioso para ser enganado, tudo mudar para ficar como antes …