(por Ruth Bolognese) – Se alguém aí levanta, respeitosamente, o nariz para criticar os desencontros que vêm se repetindo entre juízes, promotores e ministros dos tribunais superiores, comete um equívoco, como diriam, cada um de per si, Sérgio Moro e Dias Toffoli.
Pelo contrário: cada brasileiro deveria repetir “eu gossssto”.
As rixas frequentes na interpretação da lei fazem os homens da capa preta descerem do pedestal e agirem como povo, o que lhes dá a necessária dose de humanidade.
Nenhuma casta de altos servidores da República ficou tão distante do cheiro de povo como o Judiciário, em todas as suas esferas. Políticos, policiais, professores e todas as demais categorias amassam o barro das ruas para exercerem o próprio ofício.
Agora, ao se lançarem na maior de todas as batalhas contra a corrupção, tiveram que arregaçar as mangas engomadas e enfrentar dissidências entre seus pares.
Bom momento para a juizarada e bom momento para o País. Que se desentendam, sempre. E no calor do embate, contem tudo o que sabem.
A revista NEP, da UFPR, recentemente publicou artigo sobre a genealogia política judiciaria no Paraná. Muito interessante e pertinente a pesquisa.
Sumário da Revista:
https://revistas.ufpr.br/nep/issue/view/2559/showToc
Artigo:
https://revistas.ufpr.br/nep/article/view/60229
Quem sabe sabe muito. Quero ver alguém contar o que sabe. Se não procurar, não acha.
Boa reflexão.