O inglês fluente do filho embaixador

Numa de suas visitas aos Estados Unidos, em março passado, já com seu pai ocupando a Presidência da República, o deputado Eduardo Bolsonaro deu longa entrevista ao jornal Epoch Times, impresso em Nova Iorque e também em forma digital. Dedica-se a defender as causas do presidente Donald Trump (incluindo sua política de contenção à imigração) e, editorialmente, mostra um viés ideológico francamente de direita.

Eduardo ainda não era publicamente cogitado para ser o embaixador do Brasil nos Estados Unidos, mas dentre centenas de personagens entrevistados por Epoch Times como representantes do “pensamento americano”, ele já era tratado com a devida deferência. Os jornalistas perguntaram-lhe sobre tudo – visão de mundo, religião, ideologia, Venezuela, política interna brasileira, economia, Lula, relações com ditaduras etc.

Respondeu tudo em inglês – mas não sem alguma dificuldade para se expressar, como mostra trecho do vídeo da entrevista, no qual ele exclama em bom português: “Caralho! Deu branco!”

Nesta entrevista de três meses atrás, Eduardo Bolsonaro reconhecia não ter tanto poder como o pai, mas discorria sobre algumas de suas próprias qualidades pessoais e que certamente o credenciariam a ocupar a mais importante representação diplomática do Brasil no exterior:

“Eu digo “Obrigado, Deus” que meu pai teve a oportunidade de me dar uma boa educação. Quando eu era mais novo, eu tinha um curso de inglês, depois fui para a universidade para provar isso no concurso público da Polícia Federal, que é um concurso bem difícil. E eu e meus irmãos, com certeza, queremos o melhor para o Brasil, e se meu pai precisa de ajuda, conselhos ou algo assim, estamos lá para ajudá-lo. Mas nós não temos tanto poder como o presidente. Ele não faz o que eu digo. Posso dizer que faria uma pequena parte do cérebro dele, como o seu sentido. Ele fala comigo, fala com outras pessoas e depois descobre o que acha melhor, e depois toma uma decisão.”

3 COMENTÁRIOS

  1. O nosso problema maior não é o bolsonarismo nem o lulismo (direita e esquerda). O nosso problema de há muito tempo é a disfunção da Justiça pois ela está embriagada com o próprio poder, que não usa com parcimônia. Sem hierarquia funcional, cada qual interfere na realidade com sua própria régua.Sem justiça não há nação!

  2. Ilegal não é, creio que é imoral e antiético nomear um filho Eduardo embaixador!
    Sem contar o outro filho Vergonha! Flávio Bolsonaro o cara contra o foro privilegiado, mudou de ideia, agora é a favor; votou contra a Lava-Toga, e agora ganhou o prêmio do Toffoli! Estranho não?
    Nada muda… Mamata e maracutaia continua!

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