O diretor do DER e a estranha história da demissão e da renomeação

(por Ruth Bolognese) – O diretor do DER, Nelson Leal Jr., preso hoje na Operação Integração da Lava Jato, foi personagem de uma estranha história de demissão sumária e renomeação sumária no Governo Beto Richa, no começo de Dezembro de 2017.

Logo depois que os R$ 760 milhões do empréstimo do BID (Banco Interamericano de Desenvolvimento), destinados à recuperação e construção de rodovias no Paraná, foi aprovado no Senado em 5 de dezembro, muita gente ficou de olho nas licitações milionárias que seriam realizadas.

Um assessor muito próximo levou ao governador Beto Richa a informação que Nelson Leal queria trocar a diretoria do DER pela Agência Regulatória do Paraná (Agepar). Beto Richa não viu nada de estranho na decisão e deu o sinal verde para a mudança.

Como o mundo é dos espertos, o assessor já tinha no bolso do paletó elegante o nome do engenheiro Paulo Tadeu Dziedricki e ele mesmo se encarregou de cuidar do assunto. Ligou para Nelson Leal, informou sobre a exoneração e deu o assunto por encerrado.

Pego de surpresa, o diretor do DER ficou estupefato e imediatamente entrou em contato com o governador Beto Richa, explicou a situação e informou que jamais havia pensado em mudar de cargo. Não se sabe que tipo de argumento usou para desfazer a trama armada dentro do Palácio Iguaçu. O fato é que foi reconduzido ao DER na hora e ninguém mais tocou no assunto.

Agora o diretor do DER vai ter que explicar, entre outras coisas, como é que comprou apartamento de R$2,5 milhões com o salário de funcionário público.

3 COMENTÁRIOS

  1. Ué. Só falta dizer que o secretário Pêpe nada sabia. E A diretora geral nada sabia. Só verificar a evolução patrimonial muito acima da renda destes 2 que a casa cai. Ligações secretas e íntimas para temperar tudo.

  2. E se por outro lado a Receita Federal resolver fazer um pente fino nos iates e apartamentos de luxo ao longo dos litorais desse Oceano Atlântico, talvez descubra muitas coisas interessantes.

  3. Se o MP fizer um pente-fino nos comissionados vai descobrir que tem muitos casos de patrimônio incompatível com renda. E se chegar às estatais, como a Sanepar e a Compagás, por exemplo, aí a coisa fica interessante.

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