É hoje (25) a votação pelo plenário da Câmara do parecer que defende arquivamento da denúncia por organização criminosa e obstrução de Justiça contra o presidente Michel Temer e dois de seus principais ministros e articuladores políticos, Eliseu Padilha (Casa Civil) e Moreira Franco (Secretaria da Presidência).
Com maioria na Casa, Temer já conseguiu o arquivamento temporário da primeira denúncia, em 2 de agosto, por corrupção passiva – investigação que terá curso apenas em 1º de janeiro de 2019, quando o peemedebista deixar o governo.
A sessão deliberativa está programada para começar às 9h, mas só deve ser iniciada após atingir o quórum mínimo de 51 deputados. Para que o relatório do deputado tucano Bonifácio de Andrada passe a ser votado, é preciso 342 deputados na sessão e com presença registrada no painel, número que só deve ser alcançado no fim da tarde. O mesma quantidade de deputados deve votar contra o relatório para que a denúncia prossiga e Temer seja afastado do cargo por 180 dias. A oposição ameaça não marcar presença para tentar adiar a votação.
A exemplo de outras votações recentes (como a abertura do impeachment, o afastamento de Cunha e a primeira denúncia contra Temer), os deputados serão chamados nominalmente ao microfone para declarar seu voto a favor do relatório de Andrada (ou seja, contra o prosseguimento da denúncia) ou contra o parecer do tucano (para que a denúncia prossiga) e o Supremo investigue o presidente e seus ministros.