(por Ruth Bolognese) – O Brasil já está em outra e o clima é favorável para os políticos com vocação à Direita e personagens de propinas e negociatas. Eles estão vencendo a parada.
É só olhar: saiu Rodrigo Janot, o revolucionário do Ministério Público Federal; Teori Zavascki morreu e quem mais fala no Supremo Tribunal Federal é o recém-chegado Alexandre Moraes, indicado por Michel Temer.
O senador Aécio Neves safou-se e continua senador. A segunda denúncia contra Michel Temer, por formação de quadrilha e obstrução à Justiça, está se esfarelando na Comissão e Justiça da Câmara.
O pessoal da Lava Jato sentiu o calafrio na espinha e o maior símbolo da Operação, o juiz Sérgio Moro, contra o próprio feitio, de só falar nos autos, está aceitando dar entrevistas. Tenta, e aparentemente sem sucesso, alertar sobre o tsunami que se aproxima.
Toda a força-tarefa da Lava Jato sabe que se for votado um único projeto de acabar com a prisão em segunda instância ou contra o atual modelo de delação premiada na Câmara Federal, acabou-se o que era doce.
Está acontecendo o maior movimento político contra o combate à corrupção que se fez a partir de Curitiba nos últimos três anos. E aprovado em gênero, número e grau pela população brasileira. Estranhamente essa mesma população silencia.
Deve ser a esperança na recuperação da economia. Como dizia aquele consultor norte americano, “é a economia, estúpido”.