Se Osmar Dias for levado a desistir da candidatura ao governo estadual deve preocupar bastante o deputado Ricardo Barros, coordenador político da campanha de reeleição de sua mulher, a governadora Cida Borghetti. O motivo é simples: sem Osmar na competição, Ratinho Jr. (PSD) ganha a eleição já no primeiro turno.
Numa eleição em dois turnos, na qual o segundo seria provavelmente disputado entre Ratinho e Osmar, os votos de Cida seriam disputados a tapa pelos dois candidatos. Barros saberia utilizar muito bem o considerável espólio de votos que a governadora deixará de herança nas urnas.
Dependendo do grau de acirramento da competição que se daria entre Osmar e Ratinho no eventual segundo turno, o espólio pode valer ouro em pó em estado puro – suficiente para ser colocado na balança de negociações entre os dois concorrentes interessados em comprá-lo.
Barros sabe disso e é bom negociante. Logo, em tese, lhe seria até vantajoso ajudar a manter em pé a candidatura de Osmar Dias. A menos que tenha convicção de que é Cida Borghetti quem vai ganhar a eleição já no primeiro turno.