Ninguém tem um vice pra chamar de seu

(por Ruth Bolognese) – Nas últimas semanas o empresário curitibano Marcos Domakoski recebeu três sondagens de partidos diferentes para ocupar a vaga de vice na formação de chapas futuras na disputa para o governo do estado.

Domakoski é cidadão conhecido e respeitado em Curitiba, ex-professor da UFPR, ocupou cargos de primeiro escalão na Copel, foi presidente da Associação Comercial por duas gestões e agora preside o Movimento Pró Paraná, MPP. A seu favor está o fato que nunca teve o nome citado em listas de investigações do Ministério Público ou Polícia Federal e faz parte daquela classe média curitibana conservadora, sim, mas com preocupações sociais e envolvida na política. Bom perfil para qualquer candidato ao governo lotado no interior do estado.

Mas é filiado ao PSC, partido sem grande projeção, nunca disputou cargo eletivo e nem tem a popularidade de astro pop ou de padre-cantor. E também não dispõe de um volume de recursos que fariam grande diferença no financiamento das campanhas.

O que surpreendeu Domakoski, no entanto, foi o número de pessoas, representando os partidos, que o procuraram, quando nem se sabe ainda quem realmente vai concorrer em outubro.

Nem tão surpreendente assim: encontrar um candidato a vice “limpo” na praça não está fácil. No meio empresarial, terreno fértil para quem quer colher um candidato com duas características muito valiosas no meio politico (recursos e discrição), há um vazio no Paraná.

Os líderes do chamado setor produtivo ou perderam o prazo de validade ou estão enclausurados nos seus próprios feudos. A única exceção é o presidente da Federação das Indústrias, FIEP, onde Edson Campagnolo, do PRB, é lembrado como possível vice do ex-senador Osmar Dias. O resto é silêncio.

No meio político, encontrar um candidato a vice que não recebeu doação de empreiteiras poderosas, ou pior, das concessionárias do pedágio, em campanhas passadas, ou sem ter o nome citado na Lava Jato, é tão difícil como criar ursinho panda.

E é só olhar o passado para concluir que o “La garantia soy yo” já fez vítimas conhecidas no Paraná em escolhas desastradas de candidatos a vice. Hoje, complicou ainda mais. E a continuar nessa parada, mais uns dois meses e vai ter fila de candidato na porta de Marcos Domakoski com convites pra ser vice.

2 COMENTÁRIOS

  1. É tanta besteira escrita que não vale a pena perder tempo, acredito que a coluna está sem matéria… O dia que esse cara tiver esse crédito descrito, tenha certeza que ele ainda estaria nos cabides públicos, como viveu a vida inteira !!!

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