Mutirão liberta presos e espalha medo em Maringá

O objetivo é justo e urgente: esvaziar cadeias e diminuir o cenário dantesco que existe dentro delas. Presos amontoados, às vezes há anos sem que sejam julgados, comendo comida azeda, defecando nos cantos da cela, infectando-se ou transmitindo doenças graves. Esta é uma realidade que o Tribunal de Justiça está tentando enfrentar ao realizar em presídios da região de Maringá um “mutirão” de soltura de detentos – tarefa que faz em conjunto com o Grupo de Monitoramento e Fiscalização do Sistema Carcerário do Paraná.

Só tem um detalhe: maringaenses e a população de 18 municípios vizinhos estão em polvorosa. Estão sendo colocados em liberdade presos perigosos, como homicidas, estupradores, pedófilos, ladrões… O Conselho Comunitário de Segurança do Paraná relata o que está acontecendo por lá, fala dos riscos à população e relata:

Em relação ao Mutirão que está em andamento em Maringá e região, comunicamos de fato que presos estão em processo de liberação sem o cumprimento da pena em que foram condenados. Para conhecimento, mais de 100 (cem) presos serão soltos em regime harmonizado, ou seja, podem circular livremente durante o dia sem monitoramento.

Como exemplo, há estupradores de criança, latrocidas (roubo seguido de morte), traficantes e assaltantes que ficarão soltos nas ruas de Maringá. Ainda, um condenado a mais de 02 (dois) anos cumprindo apenas há alguns dias, já foi determinada sua liberação.
Dentre os estupradores, ao menos 10 (dez) estarão sendo beneficiados com essa medida antes do término da pena, um inclusive com o exame criminológico desfavorável.

Esses tipos de criminosos devem ser muito bem avaliados pelos técnicos, o que não está acontecendo. O que nos resta perguntar: por qual motivo estão fazendo isso com Maringá e região?

Com tais fatos ocorrendo, lamentavelmente, o aumento da criminalidade em nossa cidade é uma consequência muito provável de acontecer. A solução temporariamente encontrada pelo Tribunal de Justiça do Paraná foi a liberação, o que compromete a segurança pública de nossa população.

Ressaltamos mais uma vez que este Conselho é frontalmente contra de soltar presos sem o cumprimento total da pena.

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