O esforço contínuo para aparecer na mídia a qualquer custo, produzindo atos e fatos que não lhe davam estatura de governante nem de líder popular, parece já ter esfarelado as pretensões do prefeito paulistano João Doria de se habilitar para uma disputa à presidência da República. Pesquisas indicam que suas as taxas de preferência pelo seu nome caem quase na mesma proporção em que crescem os índices de rejeição.
Bate-bocas dentro do PSDB com velhos e respeitáveis líderes do tucanato e a tentativa muitas vezes deselegante de atropelar seu criador político, o governador Geraldo Alckmin, vêm-lhe custando radical corte de asas dentro do próprio partido.
Sorte de Alckmin, que não precisou partir para enfrentamento direto e explícito com Dória para consolidar sua condição de candidato “natural” do tucanato. Enquanto Doria já se vê obrigado a rebaixar seus planos, quem sabe agora mirando apenas o governo de São Paulo, Alckmin inicia arranjos políticos e até mesmo a montagem de estrutura para concorrer – incluindo fórmulas para arrecadar fundos de campanha.