Mudança na base de cálculo do IPTU de Curitiba será votada nesta segunda

Motivo de  discussão na Câmara Municipal de Curitiba (CMC) desde que foi protocolada pelo Executivo, há 45 dias, a atualização da Planta Genérica de Valores (PGV) será votada nesta segunda-feira (5) pelos vereadores da capital do Paraná. O projeto de lei complementar será submetido à análise em primeiro turno e, até o momento, recebeu somente uma emenda técnica, da própria Prefeitura de Curitiba, corrigindo a menção ao Código Tributário.

Ainda que a iniciativa do Executivo não aumente as alíquotas do IPTU (Imposto Territorial Predial Urbano), o ato de revisar a PGV pode alterar o valor venal dos 950 mil imóveis da cidade de Curitiba, que é a base para o cálculo do imposto e da Taxa de Lixo. A Prefeitura de Curitiba estima que, com as mudanças propostas, 20% dos imóveis tenham redução de IPTU e para os demais 80% sejam aplicados limitadores escalonados de aumento, para evitar acréscimos superiores a 30%.

“A base do prefeito Rafael Greca tem mantido o diálogo permanente e não concorda em votar como está hoje o projeto do IPTU”, comentou o líder do governo na CMC, Pier Petruzziello (PP). “Estamos, sim, internamente buscando um entendimento”, acrescentou, lembrando que a revisão da PGV foi recomendada pelo Tribunal de Contas do Estado (TCE-PR). Durante esses 45 dias, equipes da Prefeitura de Curitiba deram plantão na CMC para tirar dúvidas dos vereadores.

Revisão da PGV
Com mais de 100 itens, distribuídos em 9 artigos, a proposição institui a nova Planta Genérica de Valores e altera o Código Tributário e as leis complementares 7/1993, 44/2022, 80/2001, 53/2004 e 91/2014. A proposta tem diversos anexos, entre eles o parecer da Procuradoria Geral do Município, o valor do VUKT por microrregião, a pauta de valores de construção e os fatores de ponderação do cálculo. A comparação das alíquotas atuais com as novas foi divulgada na agência de notícias da Prefeitura de Curitiba.

“As alíquotas para imóveis residenciais, que atualmente variam de 0,20% a 1,10%, passarão a variar de 0,22% a 0,80%. Para imóveis não residenciais, que vão de 0,35% a 1,80%, passarão a variar de 0,40% a 1,35%. Imóveis territoriais, por sua vez, passarão de 1% a 3%, para 0,50% a 1,65%. O projeto traz, como novidade, a tributação para imóveis de uso misto, com alíquota variando de 0,24% a 0,88%. A atual legislação prevê a aplicação de 0,20% para a faixa de até R$ 38.645,00. Na proposta, a faixa com menor alíquota foi ampliada para R$ 160.000,00”, comparou o Executivo.

A Taxa de Coleta de Lixo hoje é de R$ 286 para imóveis residenciais, com redução de 50% para os contribuintes com renda limitada e de R$ 489 para imóveis não residenciais. Pela proposta, a Taxa de Lixo residencial ficará entre R$ 165 e R$ 363, com variação pela área, uso e número de coletas semanais. A Taxa de Lixo não residencial vai variar entre R$ 244,50 e R$ 904, com valor máximo para áreas construídas maiores que 400 m², realização de seis coletas semanais e valor mínimo para escritórios e salas de até 50 m² com até três coletas semanais, descreve a prefeitura, ao divulgar o projeto.

 

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