O Ministério Público Federal (MPF) abriu investigação, no âmbito do (Superior Tribunal de Justiça (STJ) , para apurar suspeitas de pagamentos ilícitos ao procurador Januário Paludo, integrante da força -tarefa da Operação Lava Jato em Curitiba. A informação é do jornalista Reynaldo Turollo Jr., da Folha de S. Paulo.
Segundo o jornalista, essa é a primeira investigação penal que tem como alvo um procurador da Lava Jato em Curitiba. A apuração partiu de um relatório da Polícia Federal (PF), de outubro, sobre mensagens trocadas entre o doleiro Dario Messer. As mensagens citam uma suposta propina paga a Paludo para dar proteção ao doleiro.
O teor do relatório da PF foi revelado no último sábado (30/11) pelo UOL e confirmado pela Folha de S. Paulo. O relatório da PF foi enviado à Procuradoria-Geral da República (PGR) para adoção de providências. Integrantes do órgão avaliaram o caso como gravíssimo.
A investigação criminal está a cargo do subprocurador-geral Onofre Martins, designado pelo procurador-geral da República, Augusto Aras, para oficiar perante o STJ.
Paralelamente, a Corregedoria do Ministério Público Federal instaurou uma sindicância para apurar as mesmas suspeitas do ponto de vista ético-disciplinar. O procedimento está sob a responsabilidade da corregedora-geral, Elizeta Maria de Paiva Ramos.
A reportagem da Folha de S. Paulo procurou Paludo por meio da assessoria de imprensa do Ministério Público Federal no Paraná para comentar as investigações abertas no STJ e na Corregedoria. O órgão reiterou o conteúdo de uma nota divulgada no fim de semana na qual afirma que repudia as suposições infundadas contra o procurador.
“A ação penal que tramitou contra Dario Messer em Curitiba foi de responsabilidade de outro procurador que atua na Procuradoria da República no Paraná, o qual trabalhou no caso com completa independência. Nem o procurador Januário Paludo nem a força-tarefa atuaram nesse processo [envolvendo Messer]”, afirma o texto.
“O doleiro Dario Messer é alvo de investigação na Lava Jato do Rio de Janeiro, razão pela qual não faz sequer sentido a suposição de que um procurador da força-tarefa do Paraná poderia oferecer qualquer tipo de proteção”, continua a nota.
“Os procuradores da força-tarefa reiteram a plena confiança no trabalho do procurador Januário Paludo, pessoa com extenso rol de serviços prestados à sociedade e respeitada no Ministério Público pela seriedade, profissionalismo e experiência.”
É a volta do cipó de aroeira no lombo de quem mandou dar?