Sob pena de igualar-se no mesmo nível de descrédito que atinge quase todas as demais instituições de Estado, o Ministério Público precisa agora mostrar serviço – e rápido.
O afastamento do promotor Carlos Alberto Choinski, que tocava o inquérito da Operação Lava Jato na área cível, gerou desgastante situação para o procurador-geral de Justiça Ivonei Sfoggia – que teria agido no sentido de frear os procedimentos judiciais a que deveriam responder o governador Beto Richa e o presidente da Assembleia, deputado Ademar Traiano.
Segundo a lei orgânica nacional dos Ministérios Públicos, somente o procurador-geral detém a prerrogativa de propor medidas judiciais contra o governador e presidentes dos demais poderes. Assim, caberia a Sfoggia tomar a iniciativa – o que não aconteceu mesmo depois de, já há cerca de dez meses, deter todas as informações e indícios recolhidos nos inquéritos conduzidos por Choinski.
No dias finais de setembro, impaciente, Choinski notificou o chefe da Casa Civil, deputado Valdir Rossoni, e o deputado Plauto Miró de que estavam citados nos inquéritos como participantes do esquema de desvio de verbas da Educação, articulado pelo ex-diretor Maurício Fanini e pelo dono da Construtora Valor, Eduardo Lopes de Souza.
Foi o que bastou para que seus atos fossem interpretados como uma “quebra de confiança” e que, diante disso, deveria se afastar do grupo do MP que investiga a Quadro Negro.
Esta, porém, não é a resposta nem a providência que a sociedade aguarda do Ministério Público. O que se espera é que cumpra seu dever. Só isso.
Infelizmente o ContraPonto esta batendo na porta errada. O PG é da turma do brindeiro… O destino de todas e qualquer investigação vai ser a gaveta
A pergunta que nunca vai calar : bateram panela contra a corrupção? E agora? O caso esta ai nas barbas do combativo MP.e eles estão sentadinhos, sem fazer nada.