O jornalista e cineasta Arnaldo Jabor morreu na madrugada desta terça-feira (15), aos 81 anos, em São Paulo.Ele estava hospitalizado desde dezembro do ano passado.
A causa da morte seria uma complicação em decorrência de um Acidente Vascular Cerebral (AVC). Na manhã desta terça-feira, a produtora de cinema Suzana Villas Boas, ex-mulher de Jabor e mãe de seu filh,o escreveu “Jabor virou estrela, meu filho perdeu o pai, e o Brasil perdeu um grande brasileiro” numa rede social. De acordo com assessores, Arnaldo Jabor ainda deixa um filme inédito.
Jabor dirigiu “Eu sei que vou te amar” (1986), indicado à Palma de Ouro de melhor filme do Festival de Cannes. É colunista de telejornais da TV Globo desde 1991. Ele teve uma extensa carreira no jornalismo nacional.
Jabor também publicou livros como Pornopolítica, em 2006, Amigos Ouvintes, em 2007, e O Malabarista, em 2014.
Cinema
Em 1967,Jabor produziu o documentário “Opinião Pública”, seu primeiro longa metragem. O primeiro longa de ficção que Jabor produziu, roteirizou e dirigiu foi “Pindorama”, em 1970. Três anos mais tarde, fez um dos grandes sucessos de bilheteria do cinema brasileiro: “Toda Nudez Será Castigada”, uma adaptação da peça homônima de Nelson Rodrigues. Por ele, Jabor venceu o Urso de Prata no Festival de Berlim em 1973.
Nelson Rodrigues seguiu inspirando Jabor. O filme “O Casamento” (1975) foi adaptado de um romance do escritor. Outro sucesso do roteirista e diretor foi “Tudo Bem” (1978), o início de sua “Trilogia do Apartamento”.
Em 1981, Jabor escreveu e dirigiu o premiado “Eu te amo”. A produção era de Walter Clark e a fotografia, de Murilo Salles.
Cinco ano depois, voltou com outro sucesso de bilheteria e crítica. “Eu Sei que Vou Te Amar”, de 1986.