Enquanto figuras de proa do bolsonarismo fazem questão de viver às turras com a imprensa, Sérgio Moro aposta na linha contrária: a cada novo passo na montagem da equipe do Ministério da Justiça ou da agenda anticorrupção que pretende encaminhar, faz questão de prestar contas pessoalmente, de forma paciente e didática, aos jornalistas que cobrem a transição.
Não se trata de casualidade, mas de cálculo. Moro se aconselhou com especialistas em comunicação de Brasília logo que indicado. Com a ajuda dos responsáveis pela comunicação da Ajufe (Associação dos Juízes Federais), concedeu uma entrevista coletiva logo depois de designado que virou modelo para os colegas –e um alento para os jornalistas. Sem atropelos, sem piti, sem ameaçar abandonar a cadeira diante de perguntas incômodas, o ex-juiz vai criando um canal de interlocução em muito superior ao de futuros colegas de Esplanada. / Vera Magalhães
Foi usando a imprensa que ajudou a orquestra o golpe jurídico parlamentar de 2016 e a eleger o presidente. Será que o objetivo agora é 2022? Os Balsanaros que se cuidem..