Moro acende uma luz para Ratinho construir presídios prometidos

Ratinho Jr. foi um dos 12 governadores que foram a Brasília ouvir do ministro da Justiça, Sergio Moro, a explanação sobre o projeto anticrime que o governo Jair Bolsonaro vai mandar para o Congresso nos próximos dias. Entre as várias medidas anunciadas, Moro fez menção também à necessidade de destravar os recursos financeiros que a União liberou há cinco anos para a construção de presídios em todo o país, 15 dos quais no Paraná.

O governador voltou de Brasília entusiasmado com as linhas gerais do projeto, embora nada tenha falado sobre as obras paradas e/ou não iniciadas no estado.

Prometidas desde 2013, ainda no primeiro governo de Beto Richa, as 15 obras de ampliação ou construção de presídios que o Paraná pretende entregar para resolver a superlotação carcerária ainda estão longe de virar realidade: dos 15 projetos, apenas um foi concluído outros dois estão em execução.

Com as obras só no papel, o estado segue sofrendo com um problema antigo: enquanto a população em presídios está relativamente controlada – 19.345 detentos para 17.793 vagas, uma superlotação de 8,7% –, nas de delegacias de polícia a situação é caótica: 10.363 detentos dividem 3.838 vagas, segundo o último levantamento do Tribunal de Contas. “As condições são degradantes e inviabilizam qualquer política de reinserção social”, concluiu uma auditoria do TCE.

Em 2013, o governo chamou as construtoras interessadas para as licitações. Os contratos foram assinados no início de 2014, com previsão de término para meados de 2015, no máximo. De lá para cá, no entanto, alguns contratos foram suspensos, projetos foram reformulados e as previsões de entrega foram adiadas não se sabe para quando.

Durante a campanha eleitoral de 2018, o então candidato Ratinho Jr. dizia que “o nosso plano de governo contempla a construção, reforma e readequação de presídios e casas de custódia. Nós iremos trazer para o Paraná os recursos federais que, sabemos, estão disponíveis, não foram utilizados nestes últimos anos.”

Chegou a hora.

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