O presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ministro Alexandre de Moraes, afirmou na manhã desta quinta-feira (27), na última sessão presencial da Corte antes do segundo turno das eleições. que “todos os partidos de boa-fé e todos os candidatos de boa-fé” sabem que não é papel da Corte Eleitoral enviar a rádios as mídias de propagandas eleitorais, nem fiscalizar a sua correta inserção nestes veículos.
“Como todos sabemos, não é, nunca foi e continuará não sendo responsabilidade do Tribunal Superior Eleitoral distribuir mídias de televisão e rádio e fiscalizar rádio por rádio no país todo se as rádios estão transmitindo as inserções dos candidatos”, disse o ministro. “Isso todos os partidos de boa-fé sabem, e todos os candidatos de boa-fé sabem”, disse.
Moraes garantiu que a responsabilidade disso recai sobre candidatos, partidos e coligações, que podem acionar a Justiça Eleitoral caso possuam provas de que o conteúdo não tenha ido ao ar. “Aqueles [candidatos, partidos e coligações] que não o fizeram, não o fizeram assumindo o risco”, continuou Moraes.
Como se sabe, nessa quarta-feira (26), Fábio Wajngarten, que coordena a comunicação da campanha de reeleição do presidente Jair Bolsonaro (PL), falou em “diferenças de veiculação gritantes” entre as campanhas do PT e do PL em certas rádios. Ele próprio reconheceu, todavia, que a responsabilidade não seria da Corte Eleitoral.
Já o presidente Jair Bolsonaro declarou na noite desta quarta que vai às últimas consequências sobre o caso da falta de inserções da propaganda do PL em emissoras de rádio.(De O Antagonista).