Foi tudo muito rápido: no início da tarde, os desembargadores da 2.ª Câmara Criminal do TJ, por unanimidade, cancelaram o habeas corpus que mantinha solto o ex-diretor da Assembleia, Abib Miguel, o Bibinho; e agora, antes do fim da tarde, o Gaeco o recolheu à Colônia Penal, onde cumprirá a pena.
Bibinho, quando diretor da Alep, articulou o esquema de contratação de funcionários fantasmas (muitos dos quais nem conhecimento tinham da nomeação) e seus salários desviados para contas do grupo criminoso (outros diretores e servidores de confiança). O Ministério Público calculou em R$ 200 milhões o montante dos desvios.
Em novembro do ano passado, enquanto respondia aos processos em liberdade, Bibinho foi outra vez preso ao se constatar que vinha explorando madeira de um imóvel rural de sua propriedade e que estava bloqueado pela Justiça como parte do ressarcimento ao Erário pelos prejuízos.
No fim do ano, foi solto por novo habeas. Nos primeiros dias de janeiro, voltou para a prisão. No fim de janeiro, outra vez foi solto por ordem da desembargadora Regina Helena Portes. Estava em casa quando hoje (15), a 2.ª Câmara Criminal julgou o mérito e expediu novo mandado de prisão, cumprido poucas horas depois.
Abib Miguel está condenado a 23 anos de prisão.
Embora tenha cometido ilícitos, esse prende e solta faz com que o personagem se torne um bode expiatório, pois a mesa diretora da assembleia (co-participe do caso “diários secretos”) ainda continua livre, leve e solta ! Êta trem de Justiça do Paraná …