Macron pode se reunir só com governadores da Amazônia

O presidente da França, Emmanuel Macron, está disposto a discutir medidas de combate ao desmatamento na Amazônia diretamente com os estados da região. A ideia, admitida pela embaixada francesa no Brasil durante reunião realizada nesta terça-feira (27) com o líder da oposição no Senado, Randolfe Rodrigues (Rede-AP), é estudar maneiras de disponibilizar ajuda aos estados interessados caso o governo federal realmente rejeite o auxílio emergencial de US$ 20 milhões que foi oferecido pelo G7 para o combate das queimadas.

Randolfe conversou com o ministro conselheiro da embaixada da França no Brasil, Gilles Pecassoute foi comunicado da disposição da embaixada de marcar uma reunião entre os governadores da Amazônia e o presidente Emmanuel Macron. Afinal, apesar de o presidente Jair Bolsonaro ter indicado que pode rejeitar a ajuda financeira do G7, alguns estados gostariam de ter acesso a essa verba para reforçar as ações de combate ao desmatamento.

“Se o governo brasileiro não quer, posso afirmar que estados como o Pará e o Amapá querem e necessitam. Afinal, não é vergonhoso pedir ajuda. Um país que tem dificuldades para dar conta de um problema desta natureza não pode se dar ao luxo de desperdiçar US$ 20 milhões”, afirmou Randolfe, contando que o governador do Pará, Helder Barbalho, chegou até a enviar uma carta pedindo um encontro com o presidente Macron para tratar do assunto.

A embaixada francesa prometeu a Randolfe, então, que vai fazer a interlocução com Macron para marcar este encontro. A ideia é que a reunião seja realizada em Paris entre outubro e novembro, já que em setembro o dirigente francês estará ocupado com a Assembleia Geral das Nações Unidas.

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