Lula presta depoimento amanhã para a juíza Gabriela Hardt, a substituta de Sergio Moro na 13.ª Vara da Justiça Federal, em Curitiba. Os apoiadores do presidente prometem manifestações de solidariedade em frente ao prédio da Justiça. Estão obviamente em seu direito. De qualquer modo, o ato de manhã deve ressaltar o óbvio. O esvaziamento da narrativa do golpe.
Em setembro de 2017, centenas de caravanas de apoio ao ex-presidente vieram acompanhar o primeiro depoimento de Lula a Sergio Moro no caso do triplex. Uma operação de guerra foi montada. Tudo correu dentro da normalidade mas Lula e o PT mostraram força ao arregimentar uma massa, ainda que formada pelos militantes de sempre, para dar suporte ao seu líder.
Agora a história é outra. O PT perdeu a eleição, o acampamento pró-Lula se esvaziou e mesmo que discretamente, vozes no partido já questionam se a insistência obstinada no Lula Livre é a melhor estratégia para o partido.
A paranaense Gleisi Hoffmann, voz mais estridente na narrativa do golpe e da prisão política de Lula, tem sido vista com cada vez mais desconfiança por correligionários influentes. Gleisi estará lá na frente na Justiça. Resta saber ao lado de quantos?
Apenas uma ressalva ao seu texto: EX PRESIDENTE Lula.