Luiz Abi acusa delator e pede nulidade da Operação Rádio Patrulha

Um dos nove réus denunciados pela Operação Rádio Patrulha, deflagrada pelo Ministério Público Estadual em setembro de 2018, o primo-distante Luiz Abi Antoun pediu a nulidade do processo penal que tramita da 13.ª Vara Criminal de Curitiba. Alega que a ação se baseou unicamente na delação premiada do empresário Antonio Celso Garcia – o Tony Garcia – e em gravações que a perícia técnica constatou terem sido adulteradas.

A Operação Rádio Patrulha investigou contratos firmados pelo governo do estado no início da primeira gestão do ex-governador Beto Richa com empresas de locação de máquinas e equipamentos para o programa Patrulhas do Campo, que prometia a conservação de estradas vicinais no interior. Em troca de preços superfaturados, as empresas teriam pago propinas a agentes públicos.

São réus nesta ação, além de Beto Richa e Luiz Abi Antoun, também o ex-secretário de Infraestrutura de Logística José Richa Filho (o Pepe), o ex-chefe de Gabinete Deonilson Roldo e o ex-secretário do Cerimonial Ezequias Moreira. Figuram também os empresários que participaram do esquema.

De acordo com petição protocolada na semana passada pela defesa de Luiz Abi, laudos da perícia técnica indicaram supressões e edições dos áudios entregues pelo delator Tony Garcia ao Ministério Público, o que, segundo a defesa, compromete a validade das gravações e as torna imprestáveis como prova para embasar o prosseguimento da ação penal.

Diante disso, Luiz Abi pede a nulidade de todo o processo. Se seus argumentos convencerem o juiz José Daniel Toaldo, da 13.ª Vara Criminal, seriam beneficiados também os demais réus, incluindo Beto Richa.

Fora dos autos, Tony Garcia contesta. Segundo ele, ao contrário do que afirma Luiz Abi, as 149 páginas do laudo pericial produzido pela polícia técnica atestaram não haver nenhum indício de adulteração e ou edição nas gravações dos diálogos que comprometem os réus da Rádio Patrulha. E que a alegações apresentadas pelo primo-distante à justiça poderão levá-lo a responder por litigância de má-fé.

 

4 COMENTÁRIOS

  1. E aquelas supostas empresas onde filhas do Tony Garcia seriam sócias das filhas do Pepe Richa?

    Hipótese: Tony Garcia tinha guardado muita sobra de campanha e para não devolver atirou no grupo?

  2. Cada vez que vejo a cara desse sujeito, lembro da decisão do juiz de Londrina que liberou o primo para viajar. É de revirar o estômago. Tem decisão boa, decisão ruim, decisão péssima. Essa aberração em forma de decisão tá abaixo de tudo, esse tipo de coisa até se espera da galera do STF. Não de um juiz de primeiro grau.

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