O presidente nacional do PSL, Luciano Bivar (PE),foi indiciado pela Polícia Federal (PF) sob suspeita de envolvimento em esquema de candidaturas laranjas para desviar verba pública da legenda que ele comanda. Três candidatas de Pernambuco também foram acusadas de participar dos crimes.
Os delitos de falsidade ideológica eleitoral, apropriação indébita de recurso eleitoral e associação criminosa – com penas de até cinco anos de cadeia – foram atribuídos aos quatro pela Polícia. A informação foi antecipada pelo jornal Folha de S. Paulo.
Líder do partido que elegeu Jair Bolsonaro, Bivar entrou em crise com o presidente devido aos escândalos de candidaturas laranjas no PSL – fato que “rachou” a legenda. Com isso, formaram-se as alas “bivarista” e “bolsonarista”. Após o desgaste, o chefe do Executivo decidiu deixar o PSL e criar uma nova sigla: a Aliança Pelo Brasil (APB).
No último 15 de outubro, a PF deflagrou uma operação que cumpriu nove mandados de busca e apreensão expedidos pelo Tribunal Regional Eleitoral (TRE) de Pernambuco em endereços ligados ao presidente do PSL.
O inquérito policial foi instaurado por requisição do TRE-PE para apurar a possível prática de crimes eleitorais e associação criminosa. De acordo com as investigações, representantes locais do partido teriam ocultado, disfarçado e omitido movimentações de recursos financeiros oriundos do fundo partidário, especialmente os destinados às candidaturas de mulheres.
Ao menos 30% dos valores do fundo deveriam ser empregados na campanha das concorrentes do sexo feminino. Segundo a PF, há indícios de que tais valores foram aplicados de forma fictícia, com o objetivo de desviar os valores para livre aplicação do partido e de seus gestores. (Metrópoles).