Lixo na política ou política no lixo. Dá na mesma?

Um assunto que o Contraponto levantou em julho passado ganhou destaque no site The Intercept, em reportagem do jornalista Rafael Moro Martins. A matéria trata de investigações do Tribunal de Contas e do Ministério Público que envolvem empresas do filho do presidente da Assembleia Legislativa, deputado Ademar Traiano, que vêm firmando contratos milionários para prestação de serviços de coleta de lixo em municípios nos quais o pai exerce influência política.

O trecho inicial da matéria dá o tom das revelações a respeito do suposto favorecimento político de que vem se servindo a empresa MTX, de que é proprietário Ademar Luiz Traiano Junior:

AOS 36 ANOS, Ademar Luiz Traiano Júnior é sócio de duas empresas de coleta e destinação lixo urbano no Paraná. O sucesso dos empreendimentos sugere que o jovem é um prodígio do mundo dos negócios, mas o Ministério Público Estadual está investigando outra hipótese: a de que ele estaria sendo beneficiado pelo bom relacionamento do pai nos círculos políticos paranaenses. O empresário é filho do presidente do diretório estadual do PSDB e da Assembleia Legislativa do Paraná, o deputado estadual Ademar Traiano.

Os tucanos estão no poder no governo do Estado e na prefeitura de Ponta Grossa, onde Traiano Júnior tem negócios. Uma das empresas, a MTX Ambiental, é dona de 23 contratos em dez municípios do estado, que somam R$ 4,8 milhões. Os dados foram pesquisados por The Intercept Brasil no site do Tribunal de Contas do Estado do Paraná. Em maio, o tribunal multou a prefeitura de Arapoti por favorecer a MTX numa concorrência emergencial que ela venceu. Não houve nenhuma sanção, porém, à firma do filho do deputado.

Para o Ministério Público do Paraná, outra empresa de Traiano Júnior, a Ambiental Campos Gerais Gerenciamento de Resíduos Sólidos, aberta em 2016, pode estar sendo favorecida em uma concorrência que irá escolher um novo aterro sanitário em Ponta Grossa, quarta cidade mais populosa do estado, com 344 mil habitantes, num negócio de R$ 51 milhões. No último dia 19, o promotor de Justiça Honorino Tremea abriu inquéritopara apurar se a licitação está sendo direcionada para a vitória da Ambiental Campos Gerais.

O restante da matéria você acessa neste link.

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