Lava Jato: assessor do DER prestava serviços ao pedágio

As concessionárias Ecovia e Ecocataratas, que pagaram R$ 3,224 milhões, em 2009 e 2010, à empresa do então assessor do Departamento de Estradas de Rodagem de São Paulo (DER-SP), Júlio Cesar Astolphi, afirmam que o engenheiro fez estudos técnicos sobre duas rodovias no Estado do Paraná. Planilhas em poder da Operação Lava Jato registram os pagamentos, segundo conta o Estadão deste domingo (1.º).

No período em que recebeu pelos serviços prestados às concessionárias de rodovias, Astolphi era assessor de Projetos da Diretoria de Engenharia do DER-SP. De acordo com o órgão, a atribuição do engenheiro era ‘conferência e adequações de projetos e acompanhamento de cronograma e prazos’. Planilhas em poder da Operação Integração, uma das fases da Lava Jato, identificaram as transferências.

A Ecovia Caminho do Mar S/A, que administra 175,1 quilômetros de estradas entre Curitiba e o litoral do Paraná, pagou R$ 1,009 milhão, em 2009, à Astenge Assessoria Técnica e Engenharia LTDA, controlada por Astolphi e sua mulher. No ano seguinte, a Ecocataratas, responsável por 387,1 quilômetros da rodovia BR-277, transferiu R$ 2,215 milhões à empresa do engenheiro, que tem sede no endereço residencial do casal.

Em nota, a Ecovia informou que a Astenge ‘foi contratada para realização de estudos técnicos de engenharia, melhoria e otimização da infraestrutura existente na BR-277, no Paraná, com o objetivo de identificar oportunidades de integração entre a rodovia BR-277 e os portos de Paranaguá e Pontal (integração entre os modais rodoviário e portuário)’.

Já a Ecocataratas afirmou que ‘a empresa foi contratada para elaborar estudo técnico sobre enquadramento territorial e socioambiental para projeto de duplicação da BR-277’.

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