Juíza Lebbos decreta preventiva de marqueteiro do PT

(nota corrigida e atualizada às 9h52)

A juíza federal substituta Carolina Moura Lebbos, da Justiça Federal de Curitiba, decretou a prisão preventiva de Valdemir Garreta, marqueteiro ligado ao PT, e outros dois detidos no âmbito da Operação Sem Fundos, 56ª fase da Lava Jato, e prorrogou em cinco dias a prisão temporária de Marice Correa, cunhada do ex-tesoureiro do PT João Vaccari Neto.

Garreta prestou depoimento na noite desta terça-feira à Polícia Federal, revelando detalhes de suas relações pessoais e empresariais com o Grupo OAS, com o Partido dos Trabalhadores, assim como a Odebrecht, em razão de campanhas eleitorais no Peru, em São Paulo e no Rio de Janeiro. O Contraponto transcreve o depoimento abaixo.

Investigações do Ministério Público apontam que Valdemir Garreta atuou como marqueteiro e operador de propinas da Odebrecht ao PT durante a construção da Torre Pituba e indicam também que o publicitário teria recebido ao menos R$ 973 mil pagos por meio do Setor de Operações Estruturadas, o departamento de propinas da empreiteira.

Os argumentos foram suficientes para convencer a juíza Carolina Lebbos, que afirma ter encontrado na denúncia “a relevância da participação de Valdemir Garreta no esquema criminoso” e, por isso, decretar a conversão de sua prisão temporária em preventiva.

Entre os alvos da Sem Fundos está o empreiteiro César Mata Pires Filho, ligado à OAS, contra quem a juíza expediu ordem de prisão temporária por cinco dias. Ele se entregou à Polícia Federal na noite de domingo, 25. A investigação mira superfaturamento de R$ 1 bilhão e pagamento de propinas de R$ 68 milhões das empreiteiras OAS e Odebrecht para PT, ex-dirigentes da Petrobras e do Fundo Petros na construção da Torre Pituba, sede da estatal em Salvador.

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