Juiz recomenda ao TJ que negue soltura de Beto Richa

Em resposta a um pedido de informações do Tribunal de Justiça, o juiz da 9.ª Vara Criminal de Curitiba, Fernando Bardelli Fischer, recomenda que não seja concedido o pedido de soltura formulado pela defesa do ex-governador Beto Richa, preso preventivamente desde terça-feira (19) sob acusação de corrupção passiva, lavagem de dinheiro, organização criminosa e obstrução à justiça. A prisão – a terceira em seis meses – foi decorrente desta vez das investigações do Gaeco no âmbito da Operação Quadro Negro.

As duas prisões anteriores (uma em setembro de 2018 e outra em janeiro deste ano) foram decretadas em razão de envolvimento do ex-governador nas operações Radio Patrulha e Integração. Nos dois casos, Richa obteve liberdade dias depois por ordem do ministro Gilmar Mendes (STF) e João Otávio de Noronha (STJ).

No ofício que dirigiu ao juiz convocado da 2.ª Câmara Criminal do TJ, Mauro Bley Pereira Jr., a quem compete julgar o habeas corpus, Fischer diz que a permanência de Beto Richa na prisão “se mostra necessária para a conveniência da instrução criminal, uma vez que há indícios que apontam que o Paciente, mesmo depois da deflagração da primeira fase desta Operação Quadro Negro, continuou atuando de forma a destruir provas e influenciar testemunhos.”

Fischer acrescenta que “os abalos causados pelos supostos delitos ainda se mostram presentes e vigorosos, e a possibilidade de interferências nas investigações se mostra concreta.”

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