Itamaraty prega religião como política de Estado e contraria a Constituição

O governo do presidente Jair Bolsonaro afirma que uma das principais mudanças geradas pela nova administração do País foi colocar a religião no processo de formulação de políticas públicas. Foi assim que o secretário de Assuntos de Soberania Nacional e Cidadania, embaixador Fabio Mendes Marzano, deixando de lado a Constituição Federal de 1988, apresentou em Budapeste, na Hungria, a visão de mundo do novo Itamaraty, um ano depois da chegada ao poder do governo de Bolsonaro. Segundo o diplomata, há ainda uma ameaça contra o cristianismo e a liberdade religiosa também precisa incluir a possibilidade de converter aqueles que não têm religião,

Como se sabe, o Brasil é um estado laico, tanto que a Carta Magna garante a liberdade de cada pessoa de escolher sua crença ou simplesmente de não ter nenhuma. Entre outros pontos reforçando essa postura, a Constituição também impede que um governo tenha uma relação de “aliança” com cultos religiosos ou igrejas, salvo no caso de interesse público.

O embaixador foi um dos convidados para discursar na conferência internacional organizada pelo governo de Viktor Orban, na Hungria, com o objetivo combater a perseguição sofrida por cristãos pelo mundo. Em seu discurso, o representante do Itamaraty deixou claro a mudança radical na postura do Brasil em relação à fé e consolidou a guinada religiosa da diplomacia nacional.

Marzano, que falou em uma sessão dedicada à mudança de paradigma nas relações exteriores, seria interrompido com aplausos ao mencionar a necessidade de governos falarem abertamente sobre a fé. Segundo ele, se a a maioria da população é religiosa, não se deve considerar como agressivo tratar de religião, nem em fóruns nacionais ou internacionais. (As informações são da Uol).

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