Guerra santa: a Câmara é um templo?

Boa parte da sessão plenária da Câmara de Curitiba foi tomada por discursos de ordem moral e religiosa. Vereadores da numerosa bancada evangélica se revezaram no púlpito – ops! na tribuna – para criticar artigos e reportagens da revista Veja e da TV Globo, considerados ofensivos à fé e aos bons costumes.

O vereador Ezequias Barros (PRP) foi o primeiro a mostrar seu descontentamento com o artigo “Essa gente incômoda”, publicado pela revista Veja, em que o colunista José Roberto Guzzo aborda a expansão das denominações evangélicas no Brasil. Em seguida, Osias Moraes (PRB), Thiago Ferro (PSDB), Noêmia Rocha (PMDB) e Dr. Wolmir Aguiar (PSC) criticaram a forma como a fé deles vem sendo tratada pela mídia.

Osias, que pertence ao PRB, partido originário da igreja Universal e controladora da Rede Record, concentrou suas críticas à Globo.

Não foi o único. Todos se queixaram-se de reportagens na última edição do programa Fantástico, no domingo (8), e voltaram a citar o caso da exposição Queermuseu, em Porto Alegre (RS). No fim da sessão, duas moções de repúdio já circulavam em plenário.

2 COMENTÁRIOS

  1. A Globo esqueceu de lembrar antes que não era tudo culpa do PT. E que os moralistas de plantão um dia “would ask for more, more, more… acharam bacana abrir a caixa de Pandora. Sugestão: quem sabe convocar novos panelaços, desta vez a favor da liberdade de expressão, das exposições de arte dita degenerada, das suas próprias novelas repletas de baixaria?

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