(por Ruth Bolognese) – O prefeito Rafael Greca se refere aos jornalistas que divulgam problemas e irregularidades na administração dele como “Barbudinhos da Gazeta do Povo”.
A ironia é jurássica, dos tempos da ditadura militar , em que se exigia rostos bem raspados, de acordo com a liturgia daqueles tempos. A barba, para os militares, era usada por esquerdistas.
Na entrevista à radio CBN Curitiba, feita agora de manhã, o prefeito passou de raspão na pergunta sobre o aumento estratosférico na tarifa do transporte coletivo que ele decretou no começo do mandato. E passou de raspão também no congelamento dos salários dos servidores.
Mas usou o maior tempo da retrospectiva anual para acabar com a gestão de Gustavo Fruet, naquele tom conhecido de que as “sanfonas dos ônibus expressos eram moradas de baratas”.
É o Greca sendo Greca. Não aprendeu a respeitar o trabalho da imprensa, só enxerga maravilhas na administração – mesmo sem anunciar uma única obra inovadora – e se gaba das luzes do Natal de Curitiba.
Aos 64 anos, Greca continua sendo aquele entusiasmado coroinha de Dom Pedro Fedalto, o então arcebispo metropolitano de Curitiba. Só que agora tem a Margarita do lado.
Ué, mas ele não gosta de “barbudinho” !
Prefeito Greca, e o seu secretário barbudinho, condenado pelo Tribunal de Contas, tudo bem com ele?
E a ex esposa dele, que é aposentada, ganha R$ 27.000,00 por mês do Ipmc, e ainda foi nomeada diretora da Urbs?
No caso deles tá tudo certo, né?
É como diz o ditado: “Peixe ensaboado morre pela boca…”
Inda bem que não uso bigode nem barba. Tenho sim uma pequena baerriguinha, mas nada comparada com a do prefeito e assim os jornalistas poderiam chamá-lo de alcaide “barrigudo”