Governar é… distribuir dinheiro adoidado

(por Ruth Bolognese) – Em 45 dias de governo da família Barros, a governadora-candidata Cida Borghetti distribuiu mais de R$ 100 milhões aos prefeitos do Paraná, sem contar com o repasse de R$ 177 milhões do Governo Federal para o prefeito de Curitiba, Rafael Greca.

Mais de 100 prefeituras receberam dinheiro e o objetivo do governo é chegar rapidamente aos 399 municípios. É um esforço brutal com dinheiro público para colocar a governadora como candidata viável ao governo em outubro.

Com aviões, assessores, carros oficiais e segurança, além de alimentação e hospedagem tudo garantido pela função que exerce, a governadora-candidata se desloca à velocidade de jato pelo Paraná, e com muito dinheiro no bolso.

Se isso não for campanha antecipada ao governo, é o quê? Amor incondicional aos municípios do Paraná?

Com as contas sempre em estado de pré falência, os prefeitos agarram os recursos com suspiro de afogado e o retorno pelo favorzinho vem sempre em forma de elogios à mão estendida.

Legalmente, não se pode contestar nem os gastos nem os recursos distribuídos, porque a governadora-candidata exerce uma de suas prerrogativas e o destino da verba certamente (espera-se) beneficiará as populações locais. Moralmente, questionável, porque visivelmente atrelado à propaganda e a interesses eleitorais.

O candidato Ratinho Jr já desfrutou durante mais de 3 anos do privilégio de se colocar como candidato ao governo com toda a estrutura da secretaria de Desenvolvimento Urbano durante o governo Beto Richa. Hoje, depende do pai milionário e famoso para fazer campanha eleitoral.

O candidato Osmar Dias conta com um dinheirinho do PDT nacional, insuficiente até para pagar um quadro mínimo de assessores, e um carro no limite do razoável para percorrer o Estado.
Nenhum deles é páreo para a mega estrutura, e de grátis, de que dispõe Cida Borghetti. Foi exatamente por isso que o deputado Ricardo Barros empurrou, durante três anos, e incansavelmente, Beto Richa para a renúncia ao cargo de governador. Tudo o que a família Barros precisava era o controle da máquina publica.

1 COMENTÁRIO

  1. com o dinheiro dos outros….
    filme de aula de adminstraçãõ sobre responsabilidade da governaça corporativa, onde é satirizada a tomada de decisão do bord de acionistas….aqui é a mesma coisa…só que todos nós esquecemos que somos acionistas e a bonita está nos representando e escolhendo onde vai enfiar nosso dinheiro, só tem um problema: não tem relatório trimestral e o resultado que der, ela só vai compartilhar conosco os prejuízos…e tampouco leva em consideração se queremos participar das decisões ou só queremos ver o retorno etc…
    é uma coisa bizarra a politica e o cidadão, se parar para pensar…

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