A senadora Gleisi Hoffmann, presidente nacional do PT, confirmou num evento em Porto Alegre o que já era intuição de qualquer mediano analista político: não vai mesmo buscar a reeleição para o Senado, mas se candidatará a deputada federal em 2018.
Sua decisão contraria a vontade de Lula, que tem recomendado que ela tente manter sua cadeira no Senado, palco onde brilha em embates ferozes em defesa do partido, da ex-presidente Dilma e do próprio Lula, ao mesmo tempo em que dá combate ao governo de Michel Temer.
Lula considera ser importante Gleisi concorrer ao Senado, fazendo parte da chapa majoritária no Paraná, com ele disputando a presidência da República e ao lado de um candidato petista ao governo (neste caso, se depender de Lula, o ex-diretor-geral de Itaipu, Jorge Samek).
Serão duas as vagas em jogo para o Senado, o que, em tese, poderia abrir uma chance para Gleisi manter a cadeira – mas entre esta chance e a segurança de que será eleita com facilidade para a Câmara Federal, ela prefere a segunda opção, sem enfrentar os desgastes que sofreria durante a campanha.
Em 2010, também com duas vagas em disputa, Gleisi Hoffmann foi a candidata mais votada no embalo do prestígio de Lula e do PT, deixando na poeira os adversários Roberto Requião (que ficou com a segunda cadeira), Gustavo Fruet e Ricardo Barros.
Os tempos agora são outros. Bem outros.
Jorge Samek seria uma boa hein… não tinha pensado nisso. Realmente não tinha vislumbrado ninguém para o governo … Não vejo compromisso com justiça, educação e saúde no interesse de nenhum dos candidatos
Está abrindo espaço pro BR se eleger. E esse foi muito além de se meter apenas em “situações constrangedoras”
a campanha é mais modesta, difícil acreditar que uma figura protagonista de situações constrangedora seja inocentada pela urna.