Quando a ação contra Alexandre Guimarães foi noticiada, o presidente da Alep, Ademar Traiano, disse em entrevistas que se sentia “surpreso” mas que acreditava que o deputado teria gasto toda aquela verba realmente em “atividades parlamentares”.
Até o conceito de atividade parlamentar fica sob suspeita. Por exemplo, pagar jantares para cabos eleitorais ou filiados a partidos, com dinheiro público da Assembleia, é algo que devia ser tolerado?
O próprio Traiano, no mês de abril, gastou R$ 1.050,00 apenas em uma única ida à churrascaria Marabá, de Francisco Beltrão:
Não seria lógico supor que ele, sozinho, teve um almoço de mais de mil reais. Entramos em contato com a casa de carnes e descobrimos que o preço da refeição é de R$ 55 por pessoa — espeto corrido, come-se à vontade. Ou seja, 19 pessoas (sabe-se lá quem são elas) se fartaram de carne, naquela ocasião, às custas do erário.