A Federação Brasil da Esperança do Paraná (PT, PV e PCdoB) apresentou um pedido de investigação judicial eleitoral do senador eleito Sérgio Moro (União Brasil). Na ação, a aliança dos partido pede que o Tribunal Regional Eleitoral do Paraná (TRE-PR) notifique o Podemos e o União Brasil para que apresentem todos os recursos arrecadados e despesas empregadas por Sérgio Moro em sua pré-campanha, mas não declarados até o momento para a Justiça Eleitoral.
Conforme documentos apresentados, desde que se filiou ao Podemos e depois mudou para o União Brasil, o ex-juiz federal Sergio Moro montou uma complexa estrutura de campanha, com assessoria de imprensa, staff pessoal, gerenciamento de redes sociais, além de ter feito dezenas de viagens para construir sua imagem política e sagrar-se vencedor das eleições de 2022. A federação argumenta, ainda, que não foram apresentadas justificativas plausíveis para que o 1o suplente de Moro tenha recebido cerca de R$ 1 milhão de reais por duas empresas que é proprietário, o que pode configurar um ‘caixa dois’ de campanha.
Segundo o advogado da federação, Luiz Eduardo Peccinin, a situação de Moro é muito similar à que levou à cassação da ex-senadora ‘Selma Arruda’, conhecida como ‘Moro de Saias’. “O contexto é muito parecido, ambos anteciparam contratos e despesas de campanha eleitoral sem qualquer declaração à Justiça Eleitoral. a diferença aqui é que os valores envolvidos são muito maiores. Além disso, o próprio Podemos já havia dito que Moro exigia o pagamento de despesas pessoais com recursos do fundo partidário, o que, se realmente aconteceu, deve ser esclarecido”.
Especulações fantasiosas
Por outro lado,a jornalista Mônica Bergamo, da Folha de S. Paulo,informa que, procurado pela reportagem por meio de sua assessoria de imprensa, Sergio Moro classificou as acusações como “especulações fantasiosas”.
“A ação do PT é mero choro de perdedor e reflete o medo do partido de enfrentar uma oposição inteligente e democrática no Senado. Nada tememos, pois especulações fantasiosas não afetam a regularidade de nossas ações”, diz Moro, em nota.