Há exatos 50 anos morria, em Curitiba, o então governador paranaense Pedro Viriato Parigot de Souza, nascido em 1916. Ele faleceu no exercício do cargo em razão de complicações de um câncer. Engenheiro e professor, Parigot de Souza governou o Paraná de 1971 a 1973 em substituição a Haroldo Leon Peres que renunciou ao cargo. Parigot havia sido eleito indiretamente como vice de Leon Peres.
Formou-se em 1937 pela então Escola de Engenharia da Universidade do Paraná. e, depois, fez curso de especialização na França em Hidráulica e Hidrologia.
De acordo com o livro “História Biográfica da República no Paraná 1889-1994”, de David Carneiro e Túlio Vargas, Parigot entrou na administração pública, ao retornar ao Brasil, na Secretaria de Viação e Obras Públicas e no Departamento Nacional de Rios e Canais, onde acompanhou obras importantes, como o cais de atracação do porto de Paranaguá e a regularização do Rio Iguaçu. Foi autor de muitos projetos nessa área.
Dedicou-se, mais tarde, ao campo da energia elétrica. Diretor da Companhia Paranaense de Energia (Copel), depois presidente da empresa, teve oportunidade de atuar em programas de implantação de vários sistemas energéticos, usinas e extensão rural. Destacou-se ainda como membro do Conselho Federal de Educação, diretor do Centro de Pesquisas e Estudos de Hidráulica e Hidrologia da Universidade Federal do Paraná (UFPR), membro do Conselho Universitário e diretor do Instituto de Mecânica da mesma instituição superior.
Como governador do Paraná, tomou a coordenação dos assuntos técnicos do governo. O planejamento foi a mola mestra de sua curta administração. Ele lançou as metas básicas do seu governo reunidas no documento “Diagnóstico e Diretrizes de Ação – 1972/1974”. Parigot criou o Cexpar, deu continuidade às obras de infra-estrutura do Estado, não se poupando de assegurar o ritmo de desenvolvimento das obras em execução. Repetia sempre: “minha ação será a tradução dos objetivos nacionais em termos estaduais”.