O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Edson Fachin homologou nesta terça-feira (5) a delação de Lúcio Bolonha Funaro, o operador financeiro que fechou acordo de delação premiada com o Ministério Público Federal no âmbito da Operação Lava Jato.
Funaro está preso e foi levado do Complexo Penitenciário da Papuda, em Brasília, para a sede do Supremo. Ele foi ouvido por um juiz auxiliar do ministro Luiz Edson Fachin, relator da Lava Jato.
Lúcio Funaro assinou o acordo de delação no último dia 22 de agosto e o caso foi remetido ao Supremo porque o delator citou nos depoimentos nomes de pessoas com foro privilegiado, entre os quais o do presidente Michel Temer.
Depois de homologada, a delação voltará para análise da Procuradoria Geral da República, que poderá usar as informações em inquéritos já em andamento ou pedir a abertura de novas investigações.
É possível que os dados fornecidos por Lucio Funaro sejam usados em uma eventual nova denúncia contra Temer.
Funaro também fechou acordo de colaboração em desdobramento do processo do mensalão do PT em 2013 em troca de perdão judicial.