Ex-executivo da construtora Odebrecht, o engenheiro Luciano Pizzato foi extremamente minucioso ao descrever ao juiz Paulo Sérgio Ribeiro, da 23.ª Vara Federal Criminal de Curitiba como foram as negociações que a empreiteira fez com o governo Beto Richa para pagar a propina de R$ 4 milhões que lhe garantir afastar concorrentes e ganhar a licitação para duplicação da PR-323 em 2014.
Pizzato foi um dos cinco executivos, todos colaboradores premiados, que foram chamados na terça-feira (7) para interrogatório para instruir o processo penal decorrente da Operação Piloto, que revelou o esquema, do qual participaram diretamente, representando o governo, o ex-chefe de Gabinete Deonilson Roldo, o ex-secretário Pepe Richa, o ex-diretor do DER Nelson Leal Jr., além do operador Jorge Atherino. Todos são réus na ação penal.
Entre os agentes públicos que figuram na ação, apenas o ex-diretor do DER Nelson Leal aderiu à colaboração premiada e contribuiu para a confirmação da maioria das informações prestadas pelos executivos da Odebrecht e para o esclarecimento do esquema criminoso.
Entre os cinco executivos da Odebrecht estava também o ex-diretor Benedicto Barbosa Jr., responsável pelo Departamento de Operações Estruturadas – o “departamento da propina” -, o homem que autorizou os pagamentos a títulos, segundo contou, de contribuição ao caixa 2 da campanha de reeleição de Beto Richa.
Detalhista quanto a nomes, locais, horários e conteúdos das conversas que travou com os altos servidores públicos visando a garantir a obra para a Odebrecht, Pizzato contou ao juiz como a “ajuda” para a campanha foi solicitada e como parcelas do dinheiro eram entregues em São Paulo nas mãos de Jorge Atherino.
Seu depoimento furou cerca de 30 minutos, dividido em três partes, que você pode ouvir aqui:
E o ex-governador Beto Propineiro Richa está solto novamente. Só está preso o seu passaporte. Que país é esse, que país é esse… Viva o nosso judiciário, comprando caviar, camarão, lagosta, etc..
…eu trabalhei para o Carlos Lobato (GEL) fazendo consultoria mas não recebi nada por isso…
HAHAHAHAHAHA
TÁ BOM.
Uma pergunta: quanto vale não citar / envolver fulano ou beltrano nessa confusão?
Tucumã e Gel.
Bem famosas no ex governo.