Estiagem preocupa lideranças rurais do Paraná

O deputado estadual Luiz Claudio Romanelli (PSB) e o secretario da Agricultura do Paraná, Norberto Ortigara, debateram a crise hídrica que coloca em risco a agricultura e pecuária paranaenses. Por conta da estiagem, as perdas nas safras serão altas e vão provocar prejuízos aos produtores rurais.

A reunião também contou com a participação de lideranças da região da Associação dos Municípios do Noroeste Paranaense (Amunpar). “Estamos buscando auxílio aos produtores prejudicados, desde os menores até os grandes agricultores”, disse o deputado.

O prefeito Alex Sandro Fernandes (PL), de Querência do Norte, e o vereador Toninho Sabot (MDB) afirmaram que a situação crítica “que coloca em risco praticamente toda a agricultura e pecuária do município”. Também participaram da reunião o presidente da Câmara, Ricardo Paulino (PSL), a secretária municipal de Desenvolvimento Econômico, Sandra Escher, e o agrônomo da Cocamar de Querência do Norte, Rubens Adriano.

 Capital do arroz — Querência do Norte recebeu no ano passado, o título de Capital Paranaense do Arroz Irrigado. A cidade é reconhecida no Brasil e exterior pela produção de arroz e a maior produtora da semente no Estado. Também é destaque o uso de tecnologias aplicadas no cultivo.

Querência do Norte celebra anualmente, em setembro, a Festa do Arroz, evento já incluído no calendário oficial do Estado.

 Perdas — Levantamento feito pelo Deral (Departamento de Economia Rural), da Secretaria Estadual da Agricultura, aponta que as perdas com a estiagem no estado podem chegar a R$ 24 bilhões. Soja, milho e feijão devem apresentar as maiores perdas do setor.

Segundo o órgão, inicialmente a estimativa de perda para a safra 2021/2022 era de 21 milhões de toneladas, com a previsão, em dezembro de 2021, de quebra de 12%. No entanto, a situação no Estado se agravou e a redução na soja evoluiu significativamente.

Num levantamento preliminar, o Deral constatou perdas próximas a 37,8% na produção de soja no Paraná. A estimativa é de que o Estado deixe de produzir cerca de 8 milhões de toneladas.

Queda também na produção de milho, que tinha inicialmente uma previsão de produção de 4,2 milhões de toneladas. Dados mais recentes apontam uma quebra de 42%, produzindo cerca de 2,4 milhões de toneladas.

 

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