Escola pública não precisa ser muito pública, escreve secretário

Carregando o Elefante – Como transformar o Brasil no país mais rico do mundo” é um livro de autoria do futuro secretário da Educação do Paraná, anunciado esta semana pelo governador eleito Ratinho Jr. Na obra, Renato Feder e seu sócio Alexandre Ostrowiecki na empresa Multilaser, de Minas Gerais, defendem teses liberais, como a diminuição do Estado ao mínimo possível.

No livro, Feder defende drástica redução no número de ministérios e diz que são dispensáveis até mesmo os ministérios da Educação e da Saúde. Na questão do financiamento da educação, ele expõe uma ideia que, se quiser implantar na secretaria da Educação (A Seed seria também ela dispensável?) que vai assumir terá de contar com a concordância corajosa do chefe Ratinho Jr.

Feder já expôs algumas de suas ideias sobre educação em “aula” que o Contraponto reproduziu AQUI e colocou em enquete para que os leitores, especialmente profissionais da educação e pais de alunos, opinem sobre elas.

As opiniões do secretário são, no entanto, mais radicais do que as expostas na sua vídeo-aula. Por exemplo, segundo o futuro secretário, o estado, em vez de custear diretamente as escolas públicas, poderia distribuir vouchers (valores em dinheiro) para que as próprias famílias possam matricular seus filhos em escolas particulares que acharem mais convenientes para a educação deles.

O texto no livro (acessível na internet através deste link) diz o seguinte sobre a ideia dos vouchers:

A melhoria da educação no Brasil passa por uma questão fundamental: é o Estado a entidade certa para operar dezenas de milhares de escolas? Será que o controle público é a melhor forma de gerir um colégio, escolher material didático, pagar professores e cuidar da manutenção?

No caso da maioria das nações do planeta, a resposta ainda é sim, apesar de que esse quadro pode estar mudando. Em quase todos os países, o governo opera um sistema público e gratuito de educação. A princípio esse fato inequívoco nos empurraria para defender o mesmo modelo no caso brasileiro, de uma rede pública e de qualidade. No entanto, uma série de casos de sucesso inquestionável está mudando a visão dos especialistas a respeito da melhor estrutura educacional e apontando as vantagens dos sistemas de vouchers.

O voucher educacional é um sistema bastante simples de entender: o Estado paga, os pais escolhem, as escolas competem, o nível de ensino sobe e todos saem ganhando. Ou seja, cada família recebe uma espécie de cupom com valor pré-determinado, com o qual pode matricular seu filho em escola particular e o valor do cupom é pago diretamente à escola pelo governo. Nesse cenário, apesar de o governo estar financiando a educação, o processo é gerido pelos princípios da competição e livre iniciativa. Escolas boas recebem muitos alunos, ganham dinheiro e crescem. Escolas ruins perdem alunos e precisam ou melhorar ou fechar as portas. Uma irresistível pressão por melhoria é formada.

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8 COMENTÁRIOS

    • Quer maior profundidade sobre o assunto? É só ler o livro do Renato Feder. O blog deu a informação essencial e não superficial, mas ao mesmo tempo deu o link do livro “Carregando o Elefante” que pode ser acessado pela internet. Eu fui lá e achei a parte que trata dos vouchers e lá tá só um pouquinho mais explicado. Siga o link e não critique o Contraponto, único blog que despertou para o assunto da escolha do secretário forasteiro.

  1. Educação como mercadoria. Onde isso daria certo? Vai ser aproveitador assim lá na Conchochina. Alias uma bobagem dessa nem merecia comentário nem sei por que o fiz.

  2. Os idiotas endinheirados dominaram o mundo. E os idiotas pés rapados aplaudem com entusiasmo.
    Só o Grande Meteoro terá o poder de solucionar os problemas da educação, da saúde, da infraestrutura, da segurança, …

  3. Jesus, quando penso que o Brasil queria ter um Trump tropical pra chamar de seu
    O governador eleito encontrou um projeto de bolsominion na esoeranca de eleevirar um senhor e então ter um bolso junior para chamar de seu!!!

    Sabe o que me.passa pela cabeça…ratinho não estudou, não precisou construir coisa que o seja, daria valor à educação?

    Já sinto saudades da Cida, que eu nem.gostava pq ela é mal casada, mas nesses oito meses ela não desmontou nada, aprimorou o que pode, uma das coisas foi a educação pública de ensino básico, médio e profissionalizante, e assegurou z educação rural, indígena, quilombola, litorânea.

    Deixasse Cida Borghetti de sec …esses piá de prédio sequer sabem o que é uma política pública :(

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