Empresário sem vínculo com o governo negocia pautas do Ministério da Saúde, diz jornal

O ministro interino da Saúde, general Eduardo Pazuello, tem como um dos seus principais assessores no cargo o empresário Airton Soligo, conhecido como Cascavel, que não tem vínculo oficial com o órgão ou com o governo. A informação é da coluna Painel, do jornal Folha de S. Paulo.

Paranaense de Capanema, o executivo vive há muitos anos no Estado de Roraima, onde foi prefeito, deputado estadual, vice-governador e deputado federal. Tentou ser reeleito ao cargo em 2018, mas sem sucesso. Airton Cascavel está em Roraima desde o tempo do Território Federal (virou Estado com a Constituição de 1988). Ele foi para o Norte do Brasil como assessor da empresa paranaense de ônibus União Cascavel, que tem linhas ligando o Sul, o Centro-Oeste e o Norte do país.

Segundo a Folha, ele nunca foi nomeado para assumir qualquer função na pasta. Apesar disso, ele tem viajado com Pazuello, participado de reuniões com governadores e até mesmo sido indicado pelo ministro a secretários municipais e estaduais de Saúde como o responsável por receber demandas.

O empresário afirmou à Folha, por telefone, que não começou a trabalhar no órgão, mas ainda está considerando a possibilidade.

 

1 COMENTÁRIO

  1. O general Pazuello tem o seu lobista de estimação? ISTO É GRAVÍSSIMO!
    O orçamento ministério da Saúde é um dos maiores da Esplanada. Só perde em termos absolutos para o orçamento da Previdência. Só que tem um detalhe fundamental: enquanto o orçamento da Previdência é praticamente todo carimbado, o orçamento da Saúde é o maior de todos em “poder de compra”. Na Saúde são comprados medicamentos, vacinas, insumos, repassamos dinheiro para estados e municípios e mexemos com o mercado MUNDIAL quando sai às compras.
    Daí vem o general que não entende nada de saúde (menos ainda do que de geografia) e entrega a negociação dos favores e benesses da pasta a um camarada estranho ao quadro do ministério. Consta que inclusive o cara viaja acompanhando o ministro e que tem até um ramal específico para o qual os interessados em receber recursos são encaminhados.
    Repito, isto é GRAVÍSSIMO! Altamente irregular. Estamos falando de bilhões de reais.
    Duvido que as questões financeiras do quartel que o Pazuello comandava antes de assumir o ministério fossem administradas com tamanha imprudência.

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