Nomeado há apenas 15 dias pela ministro da Educação, Abraham Weintraub, Elmer Vicenzi, o presidente do Inep, foi exonerado nesta quinta-feira (16).
Vicenzi tinha entre suas atribuições a realização do Enem depois que a gráfica que cuidava da prova decretou falência. Ele defendia uma nova licitação.
Delegado de Polícia Federal, Vicenzi foi chefe do Serviço de Repressão a Crimes Cibernéticos da Coordenação-Geral de Polícia Fazendária da Diretoria de Investigação e Combate ao Crime Organizado e diretor do Departamento Nacional de Trânsito (Denatran).
Fontes do MEC afirmam que ele foi responsabilizado pelo número errado, de R$ 500 mil e não o valor correto, de R$ 500 milhões, do custo da avaliação do ensino básico anunciado em coletiva de imprensa por Weintraub. Recente rixa com a Consultoria Jurídica do Inep também pesou na demissão.
Elmer Vicenzi, afirmou na última terça-feira (14) que o presidente Jair Bolsonaro não pediu para ver a prova do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) com antecedência. No entanto, ele deixou em aberto a possibilidade de o chefe do Executivo olhar o conteúdo da avaliação, caso haja “normativo” que permita o ato.
“Não foi pedido ao Inep, de nenhuma autoridade superior, ministro da Educação ou presidente, para ler a prova”, disse Vicenzi, completando: “Se o presidente pedir, fará obediência normativa. Havendo normativo, fará. Não havendo, não fará. Quem fala sobre normativos? A Advocacia-Geral da União”.
Na arte de nomear e exonerar ninguém bate um certo governador polêmico do Paraná que chegou a nomear pela manhã e exonerar a tarde