Embora reconheçam que o movimento conte com a adesão de 350 advogados que assinaram manifesto e com a simpatia de outros 5 mil colegas – números ainda muito pequenos em relação aos 40 mil advogados votantes no Paraná – dirigentes do grupo de oposição que concorrerá às eleições para a direção da OAB/PR estão animados. Acreditam que depois de 40 anos de domínio sucessivo por representantes da chapa XI de Agosto, a OAB pode estar próxima da renovação. A eleição está marcada para 26 de novembro.
Este Contraponto noticiou o surgimento da ala de oposição, que se aproveitou da nota publicada para de novo repercutí-la nas redes sociais com o seguinte texto:
À vista do que foi veiculado no blog Contraponto, nosso agradecimento ao renomado jornalista Celso Nascimento, ex-Gazeta do Povo, pela divulgação do nosso movimento. O texto acerta quando diz que o movimento se esforça para “arregimentar apoio entre advogados visando formar uma oposição nas eleições da OAB-PR”. Nesse sentido, já contamos com quase 350 colegas assinando o manifesto e mais de 5 mil nas diversas redes sociais.
Mas de fato não é fácil se opor à XI de Agosto. 40 anos de poder, em qualquer sistema, leva ao uso da estrutura. Tem sido assim com o uso da estrutura de divulgação, rede de contatos, jornalismo, frequentes e grandes inaugurações, instalações de comissões, jantares, almoços, motorista, carros e gasolina à disposição, reuniões com canapés e bebidas para a pregação do candidato da situação.
[…]
Nós, por outro lado, não contamos com eventos oficiais. Dirigimos os próprios carros, pagamos a própria gasolina. Construímos nossa rede de contatos de forma independente e contamos principalmente com a força das ideias. Contrariando todas as expectativas, o movimento cresce rapidamente e ganha o apoio da advocacia. O fato é que, pela primeira vez após 40 anos de mesmice, surge uma esperança de mudança.
Sobre os advogados/as citados na matéria, são colegas donos de jornadas profissionais únicas. Relembramos a toda a advocacia paranaense que aqui não temos preconceito com posicionamentos políticos. Queremos uma advocacia livre e independente. O advogado paranaense sabe que a advocacia não tem partido, não é de esquerda, de direita e nem de centro, que os seus problemas do dia a dia não estão relacionados com isso.
Não dominam apenas a OAB, mas as vagas do quinto constitucional e a representatividade no Conselho Federal e nos conselhos mistos, como o CNJ e CNMP. Fora as prestações de contas e os parentescos com os celetistas diretamente contratados nos quadros da Seccional e das Subseções. Isso deve ser exposto a toda a advocacia, para demonstrar os frutos e bônus angariados pela gestão dos ex-presidentes de centros acadêmicos e membros das bancas de concurso público da magistratura e mp, na vaga constitucional de examinador pela oab.