Enquanto afirma que “está na hora de abrir espaço para novas ideias, novos pensamentos”, o deputado Nereu Moura (MDB), também adianta: vai aproveitar os próximos anos para continuar ajudando as pessoas mais humildes. “Não vou abandonar a política. Só não vou exercer cargos. Continuar lutando pelo bem comum, e pela sociedade de uma maneira geral, naquilo que estiver ao meu alcance fazer. Esse é o meu objetivo”, avisa Nereu, que preferiu não concorrer em 2022.
Ao longo de mais de três décadas como deputado estadual, Nereu já esteve na oposição, situação, passou pela 1ª Secretaria da Assembleia, presidiu a Comissão de Orçamento, foi membro das Comissões de Constituição e Justiça e de Saúde. “Acho que construí uma história de vida parlamentar bonita”, pontua.
Combates
Nascido no interior, no município de São João, Sudoeste do Paraná, Moura é lembrado pelas posições combativas e discursos contundentes. “Não vim de família de políticos. Escrevi sozinho minha história de luta, garra, firmeza e combate na política. Deixei aqui nos anais desta Casa capítulos significativos de enfrentamento. Por exemplo, naquela memorável sessão para venda da Copel que começou às 14h e terminou as 10h da manhã do dia seguinte, eu fiz dez pronunciamentos em defesa da Copel. Naquele tempo, a política era diferente. Hoje mudou pra pior. Isso é muito ruim, porque quem perde é a população. Então, eu fico muito tranquilo de olhar pra trás e ver que, minha história, entre erros e acertos, será contada com muito prazer aos que virão. Combati o bom combate”, afirma.
Nereu Moura foi professor de escola rural, entrou para o movimento estudantil no então colegial, hoje ensino médio, presidiu a UPES e a juventude do PMDB. Também publicou, em 1977, seu primeiro livro, “Momentos que ficam”, de poesias. Assumiu uma cadeira pela primeira vez na Assembleia Legislativa do Paraná em 1993. (Foto: Orlando Kissner/Alep).