Ex-ministro diz que Carlos Bolsonaro deveria procurar tratamento

O ex-ministro Gustavo Bebianno disse, em entrevista ao programa Roda Viva, da TV Cultura, de São Paulo, na noite dessa segunda-feira (2), que o vereador do Rio de Janeiro Carlos Bolsonaro, filho do presidente da Republica, deveria procurar tratamento psicológico.  “Acho que as evidências são notórias, mas o comportamento dele mostra uma instabilidade muito grande. Um nível de agressividade, na maioria das vezes, despropositada, que não é normal. Ele deveria procurar um tratamento”, afirmou.

Ele insinuou ainda que Carlos comanda o chamado “gabinete do ódio”, destinado a atacar desafetos.

“Em relação ao gabinete do ódio, foi isso aí, que começamos a alertar o presidente. Dizer que essa fabricação de notícias falsas, isso não pode dentro do Palácio. Isso pode dar um impeachment. O senhor que tem tanto medo de impeachment vai deixar que isso se instale aqui? Mas a pressão que Carlos Bolsonaro faz é tão grande que o presidente não consegue se contrapor ao filho. É como aquela criança que quer um presente no shopping, não ganha e sai rolando no chão, esperneando. E o pai não tem pulso suficiente para dar um basta naquilo”, declarou.

Bebianno também detalhou o episódio em que o filho do presidente chegou a propor a criação de uma espécie de Agência Brasileira de Inteligência (Abin) paralela, mas não sabia se foi efetivamente implantada. Ele disse ainda desconhecer o objetivo da medida, mas sugere que seria para atacar adversários, devido à “paranoia familiar” do clã Bolsonaro, de não confiar em ninguém.

“Um belo dia Carlos me aparece com um nome de delegado federal e três agentes, que seria uma Abin (Agência Brasileira de Inteligência) paralela, porque ele não confiava na Abin. O general Heleno foi chamado e ficou preocupado com aquilo. Mas o general Heleno não é de confrontos e o assunto acabou ali, com o General Santos Cruz e comigo. Nós aconselhamos ao presidente que não fizesse aquilo de maneira alguma, porque muito pior do que o gabinete do ódio, aquilo também seria motivo para impeachment. Depois eu saí e não sei se isso foi instalado ou não”, disse. (M1).

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