Dos riscos de mandar o marido na panificadora

Antes de sair, falou:
– “Vou ali na panificadora e já volto.”

Ficou dez anos desaparecido e um dia voltou.

Bateu na porta, a esposa foi abrir, e lá estava ele. Dez anos mais velho, saudável, com a cara feliz, não lembrava o homem triste de antes, mas era ele. Ficou ali, quieto, parado, sem dizer uma palavra, apenas com um sorriso na boca.

A esposa despejou a revolta pelos dez anos de solidão em cima dele:
– “Seu safado, canalha! Então eu te mando comprar pão na esquina e você desaparece? Me abandona, abandona as crianças, fica dez anos sem dar notícias, me faz criar elas sozinha e ainda tem o desplante, a cara de pau, o acinte, a coragem de reaparecer deste jeito? Seu FDP. Pois você vai me pagar. Fique sabendo que você vai ouvir poucas e boas de mim e da minha mãe. Essa eu não vou te perdoar nunca. Nunca! Entre logo, vamos conversar, mas prepare-se para…”

Sem deixar que ela terminasse de falar, o marido deu um tapa na testa e disse:
– “PQP! Esqueci a manteiga, já volto!”

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